6 de Setembro de 1970: Luto por Rindt na vitória de Regazzoni
O GP de Itália de 1970 foi uma corrida dramática, na verdadeira acepção da palavra. A prova de Monza foi a 10ª das 13 que integravam o calendário e Jochen Rindt podia garantir o título mundial. Numa pista rápida, os motores V12 da Ferrari, Matra e BRM tinham uma vantagem que as equipas que utilizavam os V8 Cosworth procuravam compensar com menos apoio na asa traseira. Jochen Rindt decidiu reduzir o apoio ao máximo e a Lotus impôs a mesma opção a John Miles, que foi muito reticente.
Apesar do drama era impossível conter uma multidão de 100 mil pessoas que invadiu o circuito e a corrida disputou-se no domingo, como estava previsto. Foi uma das grandes corridas da temporada onde a questão da vitória esteve sempre em causa. As ultrapassagens sucederam-se. Stewart, Beltoise, Hulme, Stommelen e Clay Regazzoni, todos poderiam ter ganho, mas a vitória sorriu a Clay Regazzoni, o suíço que os italianos consideravam "quase italiano", o piloto que voltava a oferecer a vitória à Ferrari em Monza depois de um jejum de quatro anos.
Depois do GP de Itália de 1970, Jochen Rindt liderava o campeonato com 20 pontos de vantagem, que ninguém anulou nas três últimas corridas da temporada. Por isso, o austríaco foi o único piloto a vencer o campeonato do mundo de condutores a título póstumo.